quinta-feira, 25 de março de 2010

A utilidade pública de Laurentino Dias de Hulk a Cantona

Ao jeito de uma conspiração “holywoodesca”, uma semana depois de perder o Estatuto de Utilidade Pública, a Federação Portuguesa de Futebol no seu melhor, inventou uma justificação para “atropelar” os seus próprios regulamentos disciplinares (Artigo 119º), além dos da Liga, que deviam imperar (Artigo 115º). Uma trama com repercussões já sentidas e interesses óbvios, que nem o mais cego dos mortais poderá negar.
O homem que tem procurado elevar o futebol português ao do que de melhor se faz na Europa, preocupando-se em levar público aos estádios, conseguindo igualmente atrair investidores, que são um desafogo para as finanças dos pequenos clubes, nomeadamente os da Honra, ou como agora é denominada, Liga Vitalis, foi finalmente afastado por aqueles que durante anos “envenenaram” a beleza deste desporto e agora se preparam para o retrocesso aos tempos do Sr. Guilherme de Aguiar.
Outros que querem acabar com a corrupção estão na calha para lhe seguir as pisadas.
Muitos falam em limpeza no futebol. Eu iria mais longe a pedia um golpe de estado, do género do 25 de Abril de 1973. É que esta trama começou a ser delineada nas mais altas instâncias do Governo, mais concretamente na Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto. Se não vejamos. A decisão tomada na reunião do Conselho Nacional do Desporto (CND) implica que as transferências das verbas acordadas nos contratos-programa assinados entre o Instituto do Desporto de Portugal e as Associações sejam congeladas. Imaginando a cor clubista deste secretário de estado, pelo menos aquela de quem ele “não vai à bola” e os diferendos que tem com um respectivo clube da capital, sabemos agora o porquê desta pressão junto da FPF, um grupo de corjas que, realmente, de utilidade pública têm muito pouco, pois defender, subjectivamente, a agressão de jogadores aos espectadores (assim são considerados os stwerds, que passam o tempo de costas voltadas para o relvado) é algo que ainda não consigo compreender. Irónico é que estes mesmos senhores, em reunião de assembleia-geral, realizada em 23 de Janeiro de 2010 decidiram punir com jogos à porta fechada os clubes onde nos seus estádios se verifique o incitamento à violência. A única justificação plausível que encontra assenta nos interesses pessoais. É que muitos desses milhões dos contratos programas, certamente vão parar aos bolsos de alguém. Não nos podemos esquecer que a federação vai agora necessitar de toda a solidariedade das associações e todos sabemos qual é a mais representativa e por consequência a que tem mais poder, AF Porto.
Para avivar a memória dos verdadeiros cegos (aqueles que não querem ver) recordo algumas decisões do Conselho de Disciplina tomadas no tempo em que o Sr. Guilherme de Aguiar exercia as funções de director-executivo e que agora tanto reclamou da morosidade dos processos a Hulk e Sapunaru. A celeridade da justiça é sempre relativa e de cega tem muito pouca. Diria antes que é ligeiramente daltónica.
A 3 de Abril de 1998, Fernando Mendes foi suspenso por três meses, após agredir um bombeiro num Estrela da Amadora-FC Porto. Os incidentes ocorreram a 28 de Fevereiro de 1997, feitas as contas, decorreram 13 meses. Curiosamente ou talvez não, o jogador na altura em que saiu o castigo continuava a envergar de azul e branco, contudo estas já eram as do Belenenses. Há ainda o caso do defesa Lula, suspenso por dois meses, por empurrar o treinador do Benfica, Graeme Souness, no final de um jogo com o Porto a 2 de Maio de 1998. Mais, uma vez o caso demorou cinco meses a ser julgado e quando saiu o castigo, o jogador já se encontrava em Salvador da Baía, a jogar pelo Esporte Clube Vitória.
Em comparação, e embora concorde que não se deve demorar tanto tempo a serem julgados, a celeridade está bem melhor. Recordo um caso mais recente de outra agressão a assistentes de recintos desportivos, pois é assim que devem ser considerados os bombeiros e os stwerds, porque sem eles o jogo não se realiza. O jogador do Leiria, Emmanuel Duah, foi punido com dois meses de suspensão depois de ter pontapeado a perna de um maqueiro, num jogo em Guimarães, a 30 de Agosto de 2008. Tal como nos casos de Hulk e Sapunaru a decisão surgiu dois meses depois.
Poderia aqui falar também nos exemplos que vêm de cima, uma vez que o Sr. Prof. Jesulado Ferreira se mostrou preocupado com a imagem do nosso futebol no estrangeiro. Lembro-lhe que na melhor liga do mundo, o menino bonito do Manchester United, (n.º 7) Cantona, e um dos melhores jogadores na altura foi castigado com uma pena de 9 meses de suspensão, 20.000 euros e 140 dias de trabalho comunitários. Isto sim é utilidade pública.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Campeonato de Futebol Concelhio de Lousada: Jornada de goleadas


A 13.ª jornada do Campeonato de Futebol Concelhio de Lousada foi profícua quanto ao número de golos conseguidos. O resultado mais expressivo aconteceu no Parque de Jogos de Boim, onde a equipa local foi derrotada por uns expressivos 7-2, frente ao Cristelos. O homem do jogo foi Paulinho que assinou os três primeiros golos da sua equipa. Os dois reforços de Inverno do Cristelos também fizeram o gosto ao pé, Sardinha fez o quarto golo e João o sexto. Pelo meio, Ferreira também facturou de grande penalidade.
Logo após o reatamento, Tiaguinho aumentou para 7-0. Zé Carlos não quis ficar atrás dos seus companheiros do sector ofensivo e também quis festejar, mas neste caso o golo foi na baliza contrária, ou seja, bateu o seu próprio guarda-redes. Quem procurou igualmente testar a atenção de Leandro foi Jorge Camelo, que com um fabuloso remate em arco obrigou o seu companheiro a uma estirada para evitar o golo. Contudo, a bola foi ao poste e na recarga o veterano Rui Queirós fuzilou, literalmente, as redes do Cristelos e fechou a contagem.
Apesar de vergados por mais uma pesada derrota, os jogadores da casa saíram de campo, satisfeitos por passarem uma manhã a praticar uma actividade salutar. É sem dúvida a equipa mais simpática do campeonato e uma séria candidata ao troféu fair-play, pois fazem jus à máxima que diz "perder e ganhar é desporto".
Nos outros jogos, os líderes não vacilaram e passaram com distinção os seus confrontos. O Nogueira goleou o Silvares (6-1), o Aveleda venceu o Valmesio (3-0) e o Nevogilde despachou o Cernadelo por 4-0.

Figueiras compromete revalidação do título

Surpreendente foi a derrota do Figueiras no terreno do Lodares. Os lodarenses têm revelado aptidões nos encontros, teoricamente mais difíceis. Depois de atrasarem o Nevogilde, voltaram a estragar os planos de outro candidato, que com esta derrota ficou praticamente arredado da luta pela revalidação do título. O Figueiras está já a 9 pontos do líder e tem ainda à sua frente mais dois clubes. É certo que matematicamente, as “águias” ainda podem chegar ao primeiro lugar, mas essa será concerteza uma tarefa complicada.

Carlos Mota

Quanto vale o sexto lugar

Amadores Honra AFP | Nespereira, 1 - Barrosas, 0



Nespereira e Barrosas encontraram-se numa partida em que em discussão estava apenas um lugar entre os seis primeiros e consequente apuramento para a disputa da Taça. Recorde-se que os dois primeiros de cada série vão disputar, num mini-campeonato a quatro, o título de campeão, ficando os quatro clubes que se classificarem entre o 3.º e o 6.º, destinados a disputar a Taça de Amadores da AFP.
São seis os clubes que estão na luta por essas quatro vagas, sendo que dois deles terão de ficar obrigatoriamente de fora. Mas, nem essa aliciante foi suficiente para se assistir a um bom espectáculo, que teve apenas de emotivo, o grande cabeceamento de Costinha e os últimos minutos de forte pressão dos felgueirenses.
O primeiro lance de relativo perigo aconteceu apenas aos 21 minutos, com Toninho a romper até à entrada da área, após uma finta deslumbrante sobre o central contrário. Todavia, só com Elísio pela frente rematou enrolado para as mãos do guardião. O esférico só voltou a chegar junto de uma das balizas à passagem da meia-hora, com um cabeceamento de Ivo por cima da barra. Este lance deu início ao melhor período dos homens da casa. Três minutos volvidos, Pedro Peixoto com um remate à meia-volta atirou para a baliza, mas Vítor interpôs-se no caminho da bola e evitou aquele que seria o golo inaugural. O Marcador acabou por ser aberto no minuto seguinte. Joel cruzou da direita e Costinha mergulhou para efectuar um cabeceamento fulminante. Apesar da colocação da bola, Elísio ficou mal na fotografia já que a deixou escapar por baixo do corpo.



A dois minutos do intervalo, os forasteiros sofreram um revés na sua estratégia. O central Carlos abandonou, lesionado, o rectângulo de jogo e para a segunda metade, Alfredo Jorge esgotou as substituições, refrescando a frente de ataque.
A audácia acabou por surtir efeito e o Barrosas passou a "visitar" com mais frequência o meio-campo contrário. Aos 60 minutos, Nelson não conseguiu o corte completo e quase isolou Vítor Quarenta, valeu Mané a sair dos postes para agarrar o esférico. Volvidos dez minutos, Vítor Quarenta voltou a estar em evidência ao efectuar uma assistência primorosa para Pastel, mas o remate do jovem formado nas escolas do Freamunde saiu fraco e sem dificuldades para Mané.
Na resposta Ivo, em posição frontal, após passe de Costinha, disparou um míssil, mas Elísio redimiu-se da oferta na primeira parte e efectuou a defesa da tarde. Quatro minutos depois, foi a vez de Costinha falhar, igualmente, em frente da baliza, após uma assistência de Toninho, que nunca desistiu do lance e acabou por ganhar o esférico a Ricardinho, junto à bandeirola de canto.
Os últimos dez minutos foram de total domínio da equipa forasteira. Aos 79 minutos, numa das jogadas mais bonitas de todo o encontro, Miguel tirou o "pão da boca" a pastel, que ao segundo poste preparava-se para fuzilar. Aos 84 minutos, Mané com uma intervenção corajosa negou o golo a Tónio Zé e dois minutos depois, Paulo Cinquenta acertou no poste, após cobrança de um pontapé de canto.
Em cima do minuto 90, mais duas ocasiões desperdiçadas pelos felgueirenses. Mané voltou a negar o golo, desta vez a remate de Rambóia, em mais uma jogada que envolveu todos os jogadores do ataque. Na transformação do pontapé de canto, Paulo Cinquenta cabeceou ligeiramente por cima da barra.
Nota de destaque para a equipa de arbitragem. Muitas vezes apelidados de "maus da fita" é justo e merecido falar-se deles quando efectuam um trabalho positivo. É certo que os jogadores não complicaram, mas o árbitro também conquistou o respeito, ao estar aberto ao diálogo, com um sorriso no rosto.

Carlos Mota

HRT pronta para atacar 2010


A HRT/Multimoto, equipa sediada em Lousada vai atacar o Campeonato Nacional de Motocrosse Elite e Júnior com um só objectivo em mente: "conquistar o título que escapou por muito pouco na época transacta".
Daniel Pinto volta a defender as cores da Hard Racing Team no Campeonato Nacional de MX Elite e Júnior, aos comandos da Kawasaki KXF 250.
Em 2009, o jovem portuense manteve na luta pelo título de Campeão Nacional Júnior até à última jornada e só por muito pouco não o agarrou. Uma "missão" à qual se entrega de novo de corpo e alma, mais motivado que nunca.
"No último ano estivemos muito próximos de chegar ao título. Este ano queremos terminar o que começamos em 2009. Estamos confiantes e determinados em cumprir uma boa temporada de modo a retribuir a confiança que os nossos patrocinadores têm vindo a depositar ao longo dos últimos anos", adiantou o jovem.
O piloto vai disputar a totalidade das provas que compõem o Nacional de MX Júnior e ainda algumas do Nacional Elite, sempre que as mesmas não coincidam.
A aposta na Kawasaki KX250F mantém-se e para garantir uma performance acima da média foram aplicados acessórios específicos entre os quais uma linha completa de escape da FMF enquanto o sistema de travagem assenta num conjunto da GALFER.
Numa modalidade tão exigente para as suspensões como é o Motocross e Supercross, a equipa aposta num conjunto da ÖLHINS.
A protecção ao piloto está garantida através dos equipamentos PROGRIP (calças, camisola e capacete) e TCX (botas).
O Campeonato Nacional Elite teve o seu início no passado domingo, em Águeda, prova que foi encarada como um teste para a primeira prova do Nacional Júnior, que decorre a 14 de Março, em Freixo de Espada à Cinta.

Treino em ritmo de corrida em Águeda

Daniel Pinto conquistou a 16ª posição na primeira prova do Campeonato Nacional de MX Elite depois de ter alcançado a 17ª e a 14ª posições na primeira e segunda manga respectivamente.
A presença nesta prova teve como objectivo absorver as recentes alterações técnicas introduzidas e preparar a primeira ronda do Campeonato Nacional de MX Júnior, que se realiza no dia 14 de Março em Freixo de Espada à Cinta.
O facto do Nacional de MX Elite partilhar datas com o Nacional de MX Elite impede o jovem piloto de disputar as duas competições tendo, por isso, concentrado as energias na competição Júnior.
A chuva que se fez sentir nos dias anteriores e ao longo da manhã e parte da tarde, tornou o circuito do Casarão, em Águeda, bastante enlameado e consequentemente muito escorregadio propício a quedas.
Na primeira manga, foram precisamente três quedas que custaram precioso tempo, com o piloto da ÖLHINS, a terminar na 17ª posição. Na segunda manga, depois de alguns ajustes no set-up, o recruta da PROGRIP conseguiu melhorar em três posições mesmo com mais uma queda à mistura.
"Foi sobretudo um bom treino a pensar na primeira prova do Nacional MX Júnior que é a minha real preocupação. Na primeira manga, o set-up não se adaptou ao estado da pista e não evitei três quedas tendo, de cada vez, perdido imenso tempo. Na segunda manga, melhoramos a afinação e consegui rodar de forma mais consistente e subi algumas posições", descreve o piloto da FMF.
O Nacional de MX Elite será constituído por seis provas enquanto o Nacional de MX Júnior se disputa ao longo de quatro jornadas passando por Freixo de Espada à Cinta, Marinha das Ondas (28 de Março); Cortelha (1 de Maio) e Vila Boa de Quires (16 de Maio).

AJP apresentou novo modelo

Pré-série da primeira moto portuguesa de 250 cc esgotada antes de sair para o mercado



A AJP, único fabricante de motos português, com sede em Penafiel e unidade fabril em Lousada apresentou esta quarta-feira, no Parque Arqueológico do Mozinho, na freguesia de Galegos, o seu mais recente modelo, a PR5, que é também a primeira moto portuguesa de 250 cc.
Este novo modelo estabelece novas fronteiras com o seu design arrojado e desportivo e uma dinâmica de condução apurada. Destinado ao segmento do Enduro Lazer, será o modelo mais evoluído da AJP, que conta igualmente com os modelos PR3 e PR4.
A nova AJP PR5 250 está equipada com um novo motor 250cc com injecção electrónica e incorpora as mais evoluídas soluções tecnológicas utilizadas na construção de motociclos, bem como as soluções e conceitos inovadores desenvolvidos pela AJP e que hoje são imagem de marca da empresa, de que são exemplo o braço oscilante em alumínio fundido numa só peça e o depósito de combustível situado atrás e debaixo do banco.
A gama PR5 será constituída pelas versões Enduro e Supermoto, à semelhança das “irmãs” menos potentes
Apesar da apresentação mundial ter ocorrido apenas esta semana, a pré-série de 150 exemplares já está esgotada devido às encomendas provenientes do exterior, garantiu o fabricante da nova AJP PR5.
"Vamos começar com uma pré-série de 150 motos e já está tudo praticamente esgotado graças aos nossos importadores de França, Inglaterra, Japão e Finlândia", acrescentou António Pinto, fundador da AJP Motos.
A expectativa deve-se, segundo o responsável, ao facto de a nova moto ter sido pensada para dar ao utilizador "a sensação de competição a quase metade do preço" dos outros modelos de 250 centímetros cúbicos (cc) das principais marcas da concorrência.
Os comparativos da imprensa da especialidade situam a AJP PR5 num valor final de 4850 euros, enquanto "marcas como a Yamaha, a Honda e a KTM cobram, por modelos idênticos, 8000 a 9000 euros".

António Pinto disse que a diferença se deve ao conceito de produção: "O nosso modelo vai muito mais ao encontro das necessidades de uma pessoa que gosta de andar numa mota destas, mas não a usa para provas de competição a sério - até porque, em Portugal, haverá apenas seis ou sete profissionais que o fazem".
A AJP aposta, por isso, numa mota que está equipada com "uma ciclística de autêntica competição", mas cujo motor "prescinde de aspectos que não são essenciais ao desempenho esperado".
Isso significa, por um lado, braço em alumínio, suspensões Sachs, injecção electrónica Delphi e potência de 25 cavalos a 8500 rotações por minuto; e, por outro, um motor sem radiador de água nem termóstato, o que "implica muito menos manutenção e permite cortar logo cerca de 2000 euros no preço da moto". "O motor já foi concebido prevendo o desempenho específico que se espera da moto", explica António Pinto.
"As motos de alta competição trabalham por horas, mas a nossa é para fazer quilómetros - não tem tanta potência, mas tem mais binário, no que a vantagem é a eficácia".
O empresário diz que o resultado é "uma utilização mais agradável, que não exige tanto do piloto", e revela que esse desempenho foi confirmado pelos dois campeões do mundo que acompanharam a produção: "Um deles foi o Marco Morales e o outro não se pode identificar porque é piloto oficial por outra marca, mas o facto é que ambos adoraram a mota".
Para António Pinto, a PR5 corresponde aos interesses de um nicho de mercado com grande potencial de crescimento e "o que é de admirar é que as outras marcas ainda não se tenham lembrado de adoptar esta filosofia".
Até aqui, a empresa vinha apostando em modelos de baixa cilindrada, "mais vocacionados para jovens com idades entre os 16 e os 18 anos", mas agora a AJP "entra numa nova fase da sua actividade", na qual se propõe "amadurecer a produção" com "uma linha de montagem própria para a PR5".
O objectivo é passar das 400 motos fabricadas em 2009 para "cerca de 700 até final de 2010", sem perder de vista a evolução da nova 250 centímetros cúbicos em contexto real.
António Pinto explica a ideia: "Queremos testar a moto no calendário de provas oficiais de todo-o-terreno e avaliar que lugar podemos ter aí, já que toda a produção foi pensada de forma a que, no futuro, com alterações mínimas, possamos transformar uma PR5 de enduro lazer numa moto de pura competição".

Publicada in TVS

Sérgio Gameiro quer construir manutenção já este domingo frente ao Boavista

O Lousada tem pela frente oito finais e um calendário teoricamente mais fácil (5 jogos em casa e 3 fora, dois deles frente aos vizinhos Paredes e Aliados), um panorama favorável, que deixa antever o sucesso desportivo. No entanto, é no plano financeiro que o clube continua a debater-se com graves problemas. Depois do imbróglio directivo verificado no início da época e da sensibilidade evidenciada pelos lousadenses em manter o emblema no activo, os dirigentes voltaram a ser "deixados ao abandono". As dívidas à Segurança Social e às Finanças têm impedido a associação de se candidatar ao subsídio camarário, a maior e quase única verba para fazer face às despesas. Sem este auxílio (que ainda não deu entrada nos cofres do clube) e a acreditar que até mesmo os jogos em casa estão a dar prejuízo é fácil perceber a tarefa hercúlea que os dirigentes têm enfrentado para cumprir com as suas obrigações. E, ao que TVS conseguiu apurar, os salários de Janeiro já foram pagos e todas as despesas correntes estão controladas, sendo mesmo as dívidas precedentes que estão a dar dores de cabeça.
Eugénio Cunha, numa entrevista ao nosso jornal no arranque da temporada, confessou estar preparado para o desvanecer do altruísmo dos lousadenses, mas nunca para o risco de o clube não receber o apoio camarário, o que no seu entender seria dramático. E, esta é a palavra que melhor define, mais uma vez, a situação financeira do clube, que ainda assim não esmorece a fé do dirigente em colocar a breve prazo a ADL num patamar mais elevado do futebol nacional.



Sérgio Gameiro é um dos quatro elementos do actual plantel, a par de Miguel, Orlando e Ginho, que inevitavelmente já fazem parte da história do clube ao conquistarem a melhor classificação de sempre, tendo ficado a um penálti não concretizado da subida à Liga de Honra. Num período de grande instabilidade, o clube esteve na iminência de encerrar as portas, o médio que entretanto representou o Moreirense, optou regressar ao Lousada e nem mesmo o facto da longa viagem que tem de percorrer diariamente o impediram de aceitar o convite de Eugénio Cunha. E, foi mesmo a confiança depositada no líder da Comissão Administrativa que o fez envergar novamente a camisola rubro-negra.
Sérgio Gameiro confidenciou que a despromoção, não está nem nunca esteve no horizonte dos atletas e mostrou-se disponível para ajudar, no futuro, a repetir o êxito da temporada 2005/06.

TVS: O que é que te fez abraçar este projecto, sabendo das dificuldades do Lousada não só esta época, mas, também, nas últimas três épocas?
SÉRGIO GAMEIRO:
Em primeiro lugar o que me fez abraçar este projecto foi o facto de conhecer o presidente e depositar nele total confiança. Quando me contactou fiquei logo com outra perspectiva em relação ao futuro. Na altura, nem sequer pensei se o clube estava a passar por dificuldades, tenho confiança no trabalho dele e isso bastou para aceitar o convite. Neste momento, podemos estar menos bem, mas acredito que temos todas as condições para fazer melhor.

TVS: É do conhecimento público que o Lousada está a praticar salários baixos. Nem o facto de te deslocares todos os dias de Barcelos impediu aceitar o convite?
SG:
As propostas que tive também não eram muito aliciantes (duas de dois clubes da mesma divisão e uma de um clube de uma divisão inferior). De uma forma geral, os clubes que militam na 2.ª e 3.ª divisão estão a atravessar por sérias dificuldades e qualquer que fosse a minha decisão sabia que ia ter de viver com essa realidade. Mas, no final, o que mais pesou na minha decisão foi o facto de já conhecer as pessoas e depositar nelas total confiança. Ao fim e ao cabo isso acabou por me dar uma certa confiança.

TVS: No início da época, o presidente chegou a colocar a hipótese do clube descer esta época para voltar a colocar o clube no topo, apresentando um projecto a curto prazo. Assinaste no sentido de fazer parte dessa intenção dos dirigentes?
SG:
Assinei só por um ano. Independentemente do que se passar até ao final da época, obviamente estou disposto a ajudar no futuro, assim haja vontade dos dirigentes. Penso sempre no presente nunca no futuro, porque no futebol as coisas são sempre muito instáveis. Para a próxima época logo se verá. Se for só esta fico contento por ter ajudado, se puder ficar mais uma, estou disponível para chegar a um entendimento.

TVS: Como é que tem sido trabalhar esta época?
SG:
Bastante difícil. Como é público não tem sido fácil gerir o clube, tanto financeira como desportivamente. Começamos muito mal o campeonato, os jogadores começaram a vir a conta gotas, mas aos poucos o clube foi-se afirmando e presentemente estamos numa posição que não é de todo desconfortável, atendendo às dificuldades sentidas no início. Quem assistiu aos primeiros jogos, não imaginaria que a ADL pudesse estar onde está. Acho que houve um esforço colectivo e uma vontade tanto da parte da direcção como dos jogadores e da equipa técnica no sentido de dar a volta por cima. Como disse, apesar de todas as dificuldades o clube está a conseguir superar os obstáculos que teve pela frente.

TVS: O facto de o plantel ter sido formado a conta gotas nunca permitiu ao treinador formar um núcleo duro?
SG:
Nos primeiros jogos, notava-se que a equipa não tinha estabilidade. Quando começou a segunda volta, entraram alguns jogadores experientes e a equipa começou a ganhar mais confiança e os resultados acabaram por aparecer.

TVS. Como é o balneário neste momento?
SG:
Está bem. Temos um balneário muito bom, um grupo forte, todos os atletas se dão bem e estão concentrados no mesmo objectivo. Nos jogos em casa vê-se que a equipa está coesa e joga para ganhar. Nos jogos fora não temos tido a mesma sorte, mas isso tem a ver com outros factores.

TVS: A força de vontade e a união do grupo foram determinantes para ultrapassar os obstáculos?
SG:
Sem dúvida. Quando a equipa está confiante as coisas começam a rolar com naturalidade. A confiança e o optimismo das pessoas dentro e fora do campo acaba por ser outro.

TVS: A derrota atípica frente ao Vianense poderá afectar o Lousada para os próximos encontros?
SG:
As derrotas pesadas, como a que aconteceu frente ao Vianense, deixam sempre alguma marca. Mas quem assistiu ao jogo pôde constatar que não merecíamos ter perdido esta partida. Parece até um quanto absurdo dizer isto, atendendo ao resultado final (4-0), mas quem viu o encontro sabe que os números da partida não expressaram o que se passou dentro do campo. O próprio Vianense assumiu que tinha sido feliz no resultado. Independentemente dos números, penso que nos jogos em casa a equipa vai voltar ao seu nível e mostrar que está forte e unida.

TVS: Como é que a equipa está a preparar a partida frente ao Boavista?
SG:
Apesar da derrota frente ao Vianense a equipa tem demonstrado uma confiança muito grande e espero que não fique abalada com os 4-0. Como também já referi, nos jogos em casa temos feito tudo para ganhar e, na maioria das vezes, têmo-lo conseguido. Temos sido uma equipa certinha e espero que este domingo possamos voltar a ganhar.

TVS: A grande competitividade deste campeonato e a tabela classificativa (sem grandes diferenças pontuais) prometem jogos complicados com o Paredes e o Aliados, tendo ainda a aliciante de poder valer a manutenção. Como antevês estes dois dérbis?
SG:
Espero que quando jogarmos com o Paredes e o Aliados, possamos estar já numa posição mais folgada. Temos agora dois jogos em casa e vamos dar tudo por tudo para conquistar os seis pontos, para quando jogarmos com os dois clubes da região possamos encará-los de uma forma diferente.

TVS: A manutenção é o objectivo que está presente na cabeça de todos os jogadores?
SG:
Sem dúvida. Esta época é o principal objectivo. Com todas as vicissitudes e contratempos que surgiram no início da época não pensamos noutra coisa que não seja a manutenção. Neste momento, estamos numa posição confortável e a distância pontual que nos separa dos clubes que estão mais acima não nos permite pensar em alcançar outros voos. Agora, podendo, iremos fazer tudo por subir mais na tabela. Se pudermos ficar em 5º não iremos ficar em 6º lugar.

TVS: Se o actual plantel tivesse iniciado a época atempadamente, acreditas que teria sido possível lutar pelos lugares cimeiros ou subir de divisão?
SG:
Com o plantel que temos, se este fosse trabalhado desde o início, penso que poderíamos estar entre as três quatro primeiras equipas e lutar com elas para atingir algo mais.

TVS: Que mensagem gostavas de deixar aos sócios?
SG:
Sei que existem pessoas que não estão satisfeitas com o rendimento da equipa, mas apelo ao bom senso da massa associativa para apoiar o clube e sentir que o Lousada está a passar por uma fase crítica. Queremos vencer e só com o apoio dos sócios isso será possível. Sei que o Boavista costuma arrastar muita gente, mas espero que em Lousada não esteja em maioria.

Publicada in TVS / Carlos Mota

sábado, 6 de março de 2010

Bernardo Sousa venceu Rali Torrié


Campeonato Portugal de Ralis

A Madeira prepara-se para apresentar mais um “puto maravilha” ao Mundo. Se Cristiano Ronaldo desde muito novo mostrou dotes de ilusionista com a bola, Bernardo Sousa exibiu-os com o volante na mão.
Na sua curta carreira (22 anos, começou aos 18 nos ralis), o jovem piloto tem prometido ser uma das esperanças portuguesas no desporto com mais seguidores, a seguir ao futebol. Contudo, nas duas últimas temporadas, desde a sua internacionalização (PWRC) não tem conseguido aliar a sua velocidade e estilo espectacular a uma consistência de resultados, com alguns azares pelo meio, mas que não lhe retiraram os créditos.
2010 deverá ser o ano da afirmação do jovem madeirense aos comandos de um competitivo Ford Fiesta S2000, na nova competição da FIA, o FIA Cup for S2000 Teams. Mas, a grande aposta deverá passar pelo Campeonato de Portugal de Ralis, onde vai tripular a mesma máquina.
Essa aspiração não poderia ter começado da melhor maneira para o jovem da “Pérola do Atlântico”, que passeou a sua classe nos troços minhotos. Apesar da exígua diferença (6,6 segundos) para Vítor Pascoal, em Peugeot 207 S2000, Bernardo Sousa andou sempre nos lugares da frente do Rali Torrié, primeira prova do nacional de ralis, que teve lugar nos dias 5 e 6 de Março, na Póvoa do Lanhoso e venceu com toda a justiça, beneficiando ainda dos abandonos de Pedro Peres e Miguel Campos.
Pedro Peres, que dominou nos três últimos anos o Open Nacional de Ralis, estreou-se em grande na “elite” ao vencer a superespecial de sexta-feira, mas cedeu a liderança logo a seguir para Bernardo Sousa, recuperando-a novamente na 5.ª PEC. O madeirense voltou a assumir o comando na 6.ª PEC, após um erro de Pedro Peres, lugar que manteve até ao final.




Vencedores de Etapas
Bernardo Sousa (4)
Pedro Peres (2)
Miguel Campos (2)
José Pedro Fontes (2)
Vítor Pascoal (1)
Ivo Nogueira (1)

Classificação Rali Torrié
1º Bernardo Sousa (Ford Fiesta S2000), 1h12m08,7s
2º Vítor Pascoal (Peugeot 207 S2000), a 6,6s
3º Ricardo Moura (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 22,7s
4º Alberto Meira (Mitsubishi Lancer Evo X), a 1m24,9s
5º Vítor Senra (Peugeot 206 S1600), a 1m54,8s
6º José Pedro Fontes (Porsche 997 GT3), a 2m39,2s

sexta-feira, 5 de março de 2010

Rir é o melhor remédio


Porque nos momentos de grande aflição e porque a melhor maneira de combater as adversidades é o riso, vou apresentar todas as semanas um cartoon da minha autoria

Emanuel Costa apresenta novo Rubicon

Troféu Ibérico de Trial 4X4.



O piloto Emanuel Costa mais uma vez ao volante do seu Jeep Wrangler Rubicon espera, à semelhança do ano anterior alcançar os lugares cimeiros nesta época que agora se inicia.
Este ano e seguindo o exemplo do concessionário CiberCar um novo patrocinador se junta a esta equipa vencedora. A CASTROL Portuguesa também aposta nesta tripla vencedora Emanuel Costa, Nuno Araújo e o Jeep Wrangler Rubicon.
Para uma nova época, uma nova imagem a equipa de Emanuel Costa resolveu mudar de Padrão.
Dia 11 de Março a partir das 17 horas venha conhecer o remodelado Jeep Wrangler Rubicon de Emanuel Costa e Nuno Araújo nas instalações da Chrysler Jeep e Dodge Cibercar, no Porto Rua Delfim Ferreira 424(Zona Industrial)

Calendário
21 MARÇO - STA. MARIA DA FEIRA
9 MAIO - LOURINHÃ
13 JUNHO - MONTALEGRE
11 JULHO - CIUDADE SANTIAGO COMPOSTELA
17 OUTUBRO - PAREDES ROTA DOS MÓVEIS
21 NOVEMBRO - ENTREGA DE PRÉMIOS TROFÉU

Campeonato Portugês de Drift já é uma realidade

Acelera / Drift

O Campeonato Português de Drift é já uma realidade a acontecer este ano. Nos próximos dias 20 e 21 de Março, o Eurocircuito de Lousada vai ser palco de uma formação (introdução ao drift, dicas e regras) e a atribuição da Licença Campeonato Português de Drift para a temporada de 2010.
A responsabilidade do evento é da CPD e da BDC (British Drift Championship), com a presença dos responsáveis britânicos e um piloto internacional de Drift, que neste caso será o campeão inglês da época passada, Steve.
Com esta iniciativa o CPD, pretende formar e preparar os pilotos para as provas do Campeonato Nacional, com atribuição da licença permitindo assim, a participação em eventos da sua responsabilidade.

Sábado - Dia 20 de Março
- 20h.00 Jantar de confraternização de Drifters;
- 21h.00 Formação em sala;
Domingo - Dia 21 de Março
- 9h.00 Briefing de pilotos na pista de Lousada;
- 9h.30 Arranque de treinos livres com apoio técnico;
- 12h.30 Almoço;
- 13h.30 Abertura para a classificação para atribuição da Licença.

CALENDÁRIO
Lousada - 24 e 25 de Abril
Baltar - 15 e 16 de Maio
Montalegre - 24 e 25 de Julho
Sever do Vouga -14 e 15 de Agosto

Reinaldo Ventura na "Semana das Vocações" da EB 2,3 de Nevogilde



Reinaldo Ventura, hoquista do Futebol Clube do Porto esteve, na última sexta-feira (26 de Fevereiro), na EB 2,3 de Nevogilde, em Lousada, numa iniciativa organizada pelo grupo de professores de Religião e Moral que teve como objectivo assinalar a "Semana das Vocações" que decorreu naquele estabelecimento de ensino. O jogador portista, capitão da selecção nacional falou da sua já longa carreira de 28 anos, a passagem pelo Hóquei Clube de Carvalhos, onde iniciou a sua carreira e a sua já longa ligação ao Porto, o seu clube do coração, para onde se transferiu ainda muito novo. No campeonato o Porto tem liderado nos últimos anos e actualmente encontra-se em primeiro lugar, a cinco pontos do Benfica. O atleta falou, ainda, dos objectivos do Porto nas competições europeias e do seu eterno rival, no campeonato nacional, o Benfica, o que motivou a reacção imediata dos alunos na sala que se dividiram nos aplausos e nas manifestações contra, face às referências feitas pelo capitão portista ao seu rival.
O atleta confidenciou, ainda, que gostava de ter jogado no Bassano, equipa italiana, com projecção internacional e deixou um alerta aos alunos, ao lamentar o facto de não de ter concluído o ensino secundário: "O desporto será sempre um bom complemento, mas o ensino terá que vir sempre em primeiro lugar. Na altura, optei por começar a jogar muito cedo, mas, hoje, se pudesse voltar atrás teria concluído o ensino secundário e continuado a estudar. Quando se joga numa equipa como o Porto ao mais alto nível, torna-se difícil conciliar os estudos com a modalidade. Mas, com esforço tudo se consegue".
Ao TVS, o atleta reconheceu, ainda, que a modalidade carece de uma maior projecção a nível nacional. O hóquei está a perder a importância que já teve. Temos a vantagem de que o povo português gosta muito de hóquei em patins", constatou o hoquista para quem a falta de cobertura dos jogos pela televisão, secundarizou a modalidade.
Para além da "Locomotiva 66" a iniciativa contou, ainda com a presença do ex-hoquista, António Saraiva, que jogou no Gulpilhares durante 10 anos e que presentemente exerce a função de professor de educação física, nesta escola. No final, o hoquista distribuiu autógrafos pelos alunos e demais presentes.



Dar a conhecer universo de profissões aos alunos

Mário Rodrigues, responsável pelo grupo de professores de Religião e Moral, lembrou que esta semana das vocações teve como objectivo dar a conhecer aos alunos o universo das profissões para que estes possam em consciência optar por um futuro compatível com as suas aptidões e ambições. "Este é o momento ideal porque além da assimilação de conteúdos este alunos devem saber fazer o seu curriculo. O contacto com estas profissões vai ajudá-los a optarem por uma via", destacou.
O TVS sabe que a ex-aleta Rosa Mota, Medalha Olímpica de Los Angeles, em 1984, vai ser a próxima convidada.

Femininas da ADL despromovidas à Divisão C


Europeu de Clubes Feminino - Divisão B

Terminou este domingo (28 de Fevereiro de 2010), no Pavilhão Municipal de Lousada, a edição da Taça dos Campeões Europeus em Hóquei de Sala em Seniores Femininos, relativa à Divisão B, vulgarmente denominada por "Trophy".
As italianas do Lorenzoni foram as grandes vencedoras, arrecadando a primeira posição e respectivo apuramento para o Cup, em 2011 (Divisão A), juntamente com a formação suíça do Rotweiss Wettigen, que terminou na segunda posição.
As seniores femininas da AD de Lousada, em representação de Portugal, não aproveitaram o factor casa e não fizeram melhor que os masculinos, que foram despromovidos à Divisão C (Challenge), na prova que decorreu na semana passada, em Viena de Áustria.
As lousadenses iniciaram a competição na sexta-feira, tendo averbado duas derrotas, primeiro com as francesas do Cambrai, por 4-1 e depois com as belgas do La Gantoise, por 9-1. No sábado, as lusas somaram mais duas derrotas. Na parte da manhã foram goleadas pelas austríacas do WAC, por 5-0 e à tarde voltaram a sofrer mais cinco golos, desta vez com as dinamarquesas do Slagelse, por 5-1.
No domingo, a equipa do Lousada disputou o último encontro já com a descida consumada. Apesar desse facto, a turma orientada por Hugo Santos ofereceu uma boa imagem frente às russas do Saint Petersburg, mas voltaram a ser goleadas. O resultado final registou um 5-1, favorável à turma de leste, que não evitou igualmente a descida de divisão, tendo terminado em penúltimo lugar, à frente das portuguesas.

Carlos Mota

Nevogilde goleia a caminho da liderança

Nogueira, 1 - Nevogilde, 5 (Futebol Popular de Lousada)

No outro encontro entre os emblemas da frente, o Nevogilde goleou fora de portas o Nogueira, por 5-1, naquele que foi o segundo triunfo consecutivo, depois da eliminação da Taça no passado domingo.
A grande surpresa aconteceu no pelado do Municipal de Lousada, onde o Cristelos perdeu frente ao Silvares (1-2). Depois de ter conseguido a primeira vitória na derradeira jornada da primeira volta, a formação liderada por Justino Oliveira não podia ter começado da melhor forma a segunda volta, com um triunfo sobre um dos crónicos candidatos aos lugares cimeiros.
Nas restantes partidas registaram-se mais dois empates, que não deixam igualmente de ser surpreendentes, já que se esperavam vitórias fáceis do Valmesio e do Lodares, tendo em conta a discrepância dos lugares que os opositores ocupam na tabela classificativa.

Carlos Mota

Aveleda empata em Figueiras em mais um jogo polémico e intenso



Figueiras, 2 - Aveleda, 2 (Futebol Pupolar de Lousada)


Este foi sem dúvida um fim-de-semana abundante em situações de violência, nos campeonatos de futebol amador. Depois dos incidentes no sábado em Romariz, os campos do Figueiras e do Nogueira, no domingo, foram palco de batalhas campais dignas de um filme de Quentin Tarantino.
Quanto ao Campeonato de Futebol Concelhio de Lousada, é certo que os árbitros não envergam as insígnias da FIFA, mas o facto de estes jogos não serem sujeitos a policiamento, "obriga-os" a errar ainda mais. E, a ideia que fica desta jornada é que é necessário repensar seriamente os moldes desta competição.
Dentro do campo os atletas comportaram-se dignamente e proporcionaram um espectáculo intenso e de indefinição no marcador até ao apito final. O Figueiras desde cedo assumiu a iniciativa de jogo, até porque uma derrota colocava-o, praticamente, fora da luta pela revalidação do título. A primeira situação de perigo surgiu aos 17 minutos, após uma boa assistência de Mácio para Leandro, que viu Fernando negar-lhe o golo. Volvidos três minutos, Mácio atirou forte às malhas laterais, após o central do Aveleda ter efectuado um corte a evitar que Chinês fuzilasse as redes de Rabeca. Este foi o período de maior domínio dos homens da casa e pouco depois Chinês com um pormenor deslumbrante, tirou um adversário do caminho e disparou, mas o esférico saiu muito por cima da barra.
Contra a corrente do jogo, os visitantes inauguraram o marcador, num lance em que o guardião da casa ficou muito mal na fotografia. Tozé tirou um cruzamento inofensivo do lado direito, mas Tiago sem sofrer pressão acabou por deixar a bola escapar-se por entre as luvas. Os locais ainda não se tinham refeito da contrariedade e já o Aveleda voltava a marcar. Contudo, este lance foi invalidado por pretenso fora de jogo de Fernando, que deixou algumas dúvidas.
A segunda metade começou com mais um lance polémico. Num rápido contra-ataque, Rui isolou-se a caminho da baliza e foi rasteirado por Paulo Jorge. O árbitro assinalou a falta e exibiu o cartão amarelo ao jogador do Figueiras, mas do banco contrário exigiam uma punição mais pesada.



Em desvantagem, os locais arriscaram tudo e Jorge Ferreira mandou avançar para o jogo Ricardo Nunes e Ratinho, dois elementos de características ofensivas, mas a defesa do Aveleda mostrou-se sempre tranquila. Depois de Capacho ter ameaçado a baliza do Aveleda, Rabeca efectuou duas portentosas defesas consecutivas, a primeira a remate frontal de Chinês e a segunda a recarga de Mácio.
Aos 70 minutos, nova controvérsia. Flávio cometeu falta sobre Toninho, que se preparava para seguir para a baliza, o árbitro marca a falta, mas não agiu disciplinarmente. Os protestos fazem-se ouvir no banco do Aveleda e o seu treinador é expulso, situação que levou a aquecer os ânimos, fora do campo.
Três minutos depois o Figueiras chegou à igualdade, com um pontapé oportuno de Ratinho, que aproveitou a confusão na área, após um cruzamento de Chinês. Duraram pouco os festejos, já que passados três minutos, os forasteiros voltaram para a frente do marcador, em mais um lance em que o guardião da casa não esteve isento de culpas.
Toninho marcou um pontapé de canto e, ao primeiro poste, Tiago voltou a deixar a bola escapar por entre as mãos.



Faltava um quarto de hora para o final, minutos que foram jogados a um ritmo alucinante e com mais dois lances polémicos. Aos 81 minutos, Ricardo Nunes reclamou uma grande penalidade a castigar um corte com a mão de João Paulo, após um remate que seguia em direcção à baliza. O árbitro nada assinalou, mas a um minuto do final e em jeito de compensação apontou para a marca dos onze metros. Ratinho surge na cara de Rabeca e apertado por João Paulo, ainda conseguiu rematar, mas o guardião do Aveleda segurou o esférico. Ora a falta a existir seria de João Paulo e nunca de Rabeca (viu o amarelo) como o árbitro deu a entender, pois o guardião não teve qualquer influência na queda dos dois jogadores, que aconteceu a uns bons dois metros de distância e só depois chocaram ambos com ele e numa altura em que tinha a bola completamente segura nas suas mãos.
No tempo extra o Figueiras ainda procurou um resultado mais positivo, mas Capacho com um excelente remate em arco ficou a centímetros do alvo.

Carlos Mota

Caíde hipotecou subida

Paradela, 1 - Caíde de Rei, 0 (2.ª Divisão Distrital - AFP)

Ao perder pela diferença mínima, com um golo nos instantes finais da partida, no terreno do líder o Caíde de Rei ficou praticamente arredado da luta pela subida. Num bom jogo de futebol, onde o equilíbrio foi a nota dominante, o golo de Gomes, num lance de bola parada a dois minutos do final do tempo regulamentar ditou a vitória do Paradela, que reforçou a liderança. Apesar de terem um jogo a menos que os homens da Trofa, os lousadenses estão agora a 12 pontos do topo da tabela, uma margem quase impossível de anular, tendo em conta que pelo meio encontra-se ainda o Marco 09 a cinco pontos de distância.
De salientar ainda que o Paradela, beneficiou da derrota dos marcoenses no terreno do Zebreirense.

Carlos Mota

Xutos & Vendaval

Romariz, 2 - Várzea, 1 (Amadores Honra - AFP)



Xutos & Vendaval. Não, este não é o nome de uma nova banda rock portuguesa. Estas são as duas palavras que definem na perfeição aquilo que de mais relevante aconteceu na vitória do Romariz sobre o Várzea. Xutos, porque foram os pontapés e as chapadas a fórmula que os jogadores encontraram para quebrar a monotonia. Esta situação acabou mesmo por ser o momento mais marcante do jogo, pois levou à expulsão de quatro jogadores, quando faltavam jogar cerca de 15 minutos. Vendaval, porque o forte vento que se fez sentir, tornou praticamente impossível praticar-se futebol e pelas incidências caricatas que provocou ao longo dos 90 minutos. Levou, inclusive, à interrupção da partida algumas vezes, ora para colocar a bandeirola de canto, que teimava em voar para a mata, ora para colocar as redes da baliza, que se soltaram das argolas. E, até mesmo para marcar os pontapés de baliza ou os livres era necessária a intervenção de dois jogadores. Um para segurar a bola com a mão e o outro para a pontapear. Situações excepcionais numa partida de futebol atípica.
Numa tarde de sábado de condições impróprias para a prática de futebol (em Lustosa e Custóias os jogos foram adiados), naturalmente que se tornou quase impossível os jogadores trocarem a bola entre si. Não foi pois de estranhar que a primeira oportunidade de golo digna de registo acontecesse só à passagem da meia-hora, com Filipe Raça, em posição frontal a rematar para uma defesa atenta de Flávio. Curiosamente e ainda na sequência deste lance, o Romariz inaugurou o marcador. O esférico regressou à grande área e Nóbrega com um remate em rotação atirou para a baliza. Jardel estava no caminho da bola e tinha tudo para evitar o golo, mas o vento traiçoeiro "obrigou-o" a pontapear a bola de raspão e a introduzi-la no fundo das redes.
Volvidos cinco minutos e na segunda vez que a bola chegou junto da baliza dos felgueirenses, os locais aumentaram a vantagem. Sérgio Carneiro cruzou da direita, Nóbrega recebeu de costas e deixou para um primeiro remate de Flávio, contra um defesa, mas na recarga o avançado dos lousadenses assinou um golo de belo efeito. Dois golos em duas oportunidades, uma eficácia a 100%.



Os forasteiros apresentaram-se nesta partida com apenas 11 elementos, um "handicap" que aliado ao facto da equipa da casa jogar a favor do vento, deixava antever uma segunda parte de maior domínio dos locais, mas foram os felgueirenses que se adaptaram melhor às circunstâncias.
Aos 54 minutos, Jardel esteve muito perto de se redimir do auto-golo, mas bem colocado atirou fraco e à figura de Benoit. Na resposta, Bráulio teve uma arrancada pelo corredor direito e já dentro da grande área rematou cruzado, mas o esférico saiu muito ao lado.
No minuto seguinte, Mota tentou controlar o esférico, uma tarefa arriscada perante o estado do tempo e acabou por ser desarmado por Gastão, que depois obrigou Benoit a uma defesa complicada. Ainda nesta mesma jogada, os felgueirenses beneficiaram de um livre indirecto dentro da grande área, mas Benoit redimiu-se do erro e ofereceu o "corpo às balas", evitando o golo dos forasteiros, que acabou por surgir cinco minutos depois. Hulk, viu o adiantamento do guardião da casa e do meio campo efectuou um balão que só parou no fundo das redes, Benoit ainda chegou a tocar na bola, mas foi insuficiente para travar a trajectória.
Cinco minutos depois, Hulk voltou a ganhar a Benoit e tirou um cruzamento/remate que se dirigia para a baliza deserta, mas o juiz de linha já havia dado indicação de fora de jogo.
A 12 minutos do fim do tempo regulamentar e sem que nada o fizesse prever (a partida estava a ser disputada com lealdade, apenas um cartão amarelo até ao momento) os jogadores envolveram-se numa cena de pancadaria que ditou a expulsão de quatro atletas, dois de cada lado.
Até ao final registo apenas para um livre directo de Flávio a rasar o poste da baliza defendida pelo seu homónimo.

Carlos Mota (Publicado in TVS)